Queria pegar, quase tocar a
tristeza desenhada na
parede, pintada,
rasurada.
Queria que a aspereza da língua
de repente se tornasse uma
névoa azul quando
vociferasse.
Queria abstrair todo o concreto
que os olhos absorvem.
Poderia sorver a vida em conta gotas,
mas tudo é muito fundo muito
espesso muito denso muito
amargo.
Preferia beber no gargalo
de uma só vez.
Assim me livraria de regras e normas fúteis,
horários e dias, rasgaria o calendário,
colocaria fogo na agenda.
Queria tudo leve, tudo liso, queria
soprar plumas, acariciar a pele,
tocar os pêlos que brotam
dos poros.
Queria amar.
Queria sim.
Um amor dos idealizados, correspondido,
desmedido, cúmplice, que viesse de
outras terras, outros mundos.
Um amor que soubesse ouvir e contar
estrelas, que interpretasse os cantos,
os salmos, a língua dos anjos, que
falasse do apocalipse, das
vértices e das elipses do
corpo que queria amar.
Um amor bandoleiro, estranho, um
fora da lei, um que se fizesse rei,
que fosse o lado de dentro e o
lado de fora.
Que nunca fosse embora, que
encarnasse na pele, que
injetasse na veia todo
seu tempo, todo
seu dia.
Queria tudo isso tão simples,
como a palavra amor.
Um dia ainda amarro o AMOR
na borda do cobertor.
Um dia!! Ah! Um dia!
tristeza desenhada na
parede, pintada,
rasurada.
Queria que a aspereza da língua
de repente se tornasse uma
névoa azul quando
vociferasse.
Queria abstrair todo o concreto
que os olhos absorvem.
Poderia sorver a vida em conta gotas,
mas tudo é muito fundo muito
espesso muito denso muito
amargo.
Preferia beber no gargalo
de uma só vez.
Assim me livraria de regras e normas fúteis,
horários e dias, rasgaria o calendário,
colocaria fogo na agenda.
Queria tudo leve, tudo liso, queria
soprar plumas, acariciar a pele,
tocar os pêlos que brotam
dos poros.
Queria amar.
Queria sim.
Um amor dos idealizados, correspondido,
desmedido, cúmplice, que viesse de
outras terras, outros mundos.
Um amor que soubesse ouvir e contar
estrelas, que interpretasse os cantos,
os salmos, a língua dos anjos, que
falasse do apocalipse, das
vértices e das elipses do
corpo que queria amar.
Um amor bandoleiro, estranho, um
fora da lei, um que se fizesse rei,
que fosse o lado de dentro e o
lado de fora.
Que nunca fosse embora, que
encarnasse na pele, que
injetasse na veia todo
seu tempo, todo
seu dia.
Queria tudo isso tão simples,
como a palavra amor.
Um dia ainda amarro o AMOR
na borda do cobertor.
Um dia!! Ah! Um dia!
20 comentários:
...ontem à tardinha durante
minha caminhada costumeira,
presenciei uma cena até que
corriqueira.
um casal brigando sentados
no banco da praça, e dos
olhos da menina, grossas
lágrimas rolavam.
alí estava um 'quadro'
propício para definir
o 'amor' que se
pratica hoje.
aí me ví pensando:
será isso que se
chama amor?
será este tipo de
amor que a alma
deseja?
ou a isso podemos
chamar de AMOR?
Esses fotos estão tão corriqueiro, não é mesmo.
Que pena que o amor está acabando para muitos. Está tudo muito vazio...
Fiz um carinho especial para alguém que se foi a muito tempo, mas que deixou saudades para nós.
Venha dar uma olhadinha,neste cantinho
http://sandrarandrade7.blogspot.com/2011/07/um-homenagem-in-memoria.html
Carinhosamente,
Sandra
Vivian..
Nada teria sentido se naot ivessemos fe de que um outro dia tudo pode ser diferente.
E para que isso aconteca temos que cuidar do hj.
Se a gente se cuidar..se doar, se manter equilibrado na resolucao de nossos problems, sem duvida o dia de amanha sera bem melhor.
e sempre sera mesmo..pq depois da chuva, o que vem??
Um beijo Linda vc!!
A gente confundo os sentimentos, não é Vivian? E por nome de amor a gente submete o outro ou se submete a algumas maldadade,indelicadezas, que não condizem com o verdadeiro amor.
Que cada um possa repensar suas relaçãos, e o que lhe da prazer e o que faz sofrer.
Muito lindo.
beijo
Vivian, eu poderia tecer aqui uma tese sobre o amor, mas não serveria para explicar como o outro sente o amor, portanto, como estamos falando de relacionamento, eu deixarei aqui uma frase de um padre: "quer ser feliz, não case. Quer faz o outro feliz, então, case". Bjos e um bom finde.
Um amor bandoleiro, um estranho,
fora da lei... Q seja!
Mas q seja vibrante,e nada banalizado. Aí sim, vale a pena amarrar na borda do cobertor. rs
LInda noite pra vc!
=)
Eu também queria...
Ah, Layout novo, a antiga, costumeira e confortável casa com cara de nova! rs
Legal!
Um dia Vivi ,um dia fadinha!rs bom fim de semana!
sempre o tempo linda Vivian..
beijos
sabia que quando a gente quer muito acaba acontecendo?
um beijo, querida Vivian,
Bia
Muito obrigado pelo comentário em lidacoelho. Deixou-me desconcertado.
Tanto gostaria de fazer poemas e de os cantar, mas infelizmente nem amar sei uma e outra coisa.Peço a Deus que lhe conserve esse dom das boas palavras.
Estamos sempre a adiar a nossa felicidade em nome de quê?!
Porque esperamos?!
Olá,Vivian!!
Ah!Posso garantir que nem todo amor, é assim como o que presenciaste na praça...eu graças a Deus, tenho um relacionamento baseado no amor e respeito mútuo, cuido dele e ele de mim e juntos cuidamos dos filhos!
Amor de alma ainda existe, ainda é possível.
Beijos pra ti querida!!
Tenha um ótimo final de semana!!
Ah! Um dia...se espera um livro seu
Saudações
Ah o poder da mente e seus caminhos... querer? quem nunca!!! então à luta temos! queiramos, por que não?
Bjs Vivi
Vivian!
Pagamos todos os preços pela decisão de permitirmos que essa asa dourada nos roce, esse pefume nos envolva ,essa tempestade nos agite.
Um beijo e ótimo domingo!
Me lembro de um blog lá do UOL, em que a moça sempre escrevia sobre seu amor como um grande tormento. Sempre que você ia até lá você se mostrava inconformada com tamanho sofrimento, você dizia que um dia entraria lá e encontraria felicidade naquele amor... Não sei se ela conseguiu. Ainda não sei até que ponto amor é sofrimento ou não, mas tenho o costume de repetir o que Djavan cantou, que 'amar é um deserto e seus temores'... fico confusa... Beijos linda!obs: você escreve tão bem!
Vivian, você nos arrepiou com sua poesia.
Linda!
Lindo "Amor"!
Amamos assim meu bem e eu, que bom que amamos assim!
Um abraço no coração tão repleto de amor, Maria Teresa e José Carlos
Como eu entendi o seu poema!
O meu eu interior sorriu e anuiu..
Tudo isso é também o que eu sinto!
Onde estão os nossos príncipes encantados, Vívian?
O amor tem de ser assim, sem regras. Intenso. Para mergulharmos completamente nele. E esquecermos tudo que o atrapalha.
Beijos!
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