quarta-feira, 25 de março de 2015

Dos sentimentos humanos...



Os Sentimentos Humanos certo dia 
reuniram-se para brincar.

Depois que o Tédio bocejou três vezes por que a 
Indecisão não chegava a conclusão nenhuma 
Desconfiança estava tomando conta, a 
Loucura propôs que brincassem de 
esconde-esconde.

A Curiosidade quis saber todos os detalhes do jogo, 
e a Intriga começou a cochichar com os outros 
que certamente alguém ali iria trapacear. 

O Entusiasmo saltou de contentamento e 
convenceu a Dúvida e a Apatia, 
ainda sentadas num canto, 
a entrarem no jogo.

A Verdade achou que isso de esconder não estava 
com nada, a Arrogância fez cara de desdem pois 
a idéia não tinha sido  dela, e o Medo 
preferiu não se arriscar: 

"Ah, gente, vamos deixar tudo como está", 
e como sempre perdeu a oportunidade 
de ser feliz. 

A primeira a se esconder foi a Preguiça, 
deixando-se cair  no chão atrás 
de uma pedra, ali mesmo 
onde estava.

O Otimismo escondeu-se no arco-íris, e a 
Inveja se ocultou junto com a Hipocrisia, 
que sorrindo fingidamente atrás 
de uma árvore estava odiando 
tudo aquilo. 

A Generosidade quase não conseguia se esconder 
porque era grande e ainda queria abrigar 
meio mundo, a Culpa ficou paralisada 
pois já estava mais do que escondida 
em si mesma.

A Sensualidade se estendeu ao sol num lugar 
bonito e secretopara saborear o que a vida 
lhe oferecia, porque não era nem boba 
nem fingida; o Egoísmo achou um 
lugar perfeito onde não cabia 
ninguém mais. 

A Mentira disse para a Inocência que ia se 
esconder no fundo do oceano, onde a 
inocente acabou  afogada, a Paixão 
meteu-se na cratera de  um vulcão 
ativo, e o Esquecimento já nem sabia 
o que estavam fazendo ali. 

Depois de contar até 99 a Loucura 
começou a procurar.

Achou um, achou outro, mas ao remexer num 
arbusto espesso ouviu um gemido: era o Amor, 
com os olhos furados pelos espinhos. 

A Loucura o tomou pelo braço e seguiu com ele, 
espalhando a beleza pelo mundo, desde então 
o Amor é cego e a Loucura o acompanha. 

Juntos fazem a vida valer a pena - mas isso não 
é coisa para os medrosos nem os apáticos, que 
perdem a felicidade no matagal dos 
preconceitos, onde rosnam os 
deuses melancólicos da 
acomodação.

Beijos, pessoas do bem!

domingo, 22 de março de 2015

Sunzinha


- Tardi, Dotô.
- Boa tarde.
Sente-se.
- Careci não. Ficu di pé, memo.
- Sente-se para eu poder examinar. 
- O Dotô é qui manda.
- Mas, fale-me.
O que está acontecendo?
- Ai, Dotô! Mi dá umas dor 
di veiz in quandu. 
- Que dor?
- Aqui, óia. Nu estromagu.
Beeem lá nu fundinhu. 
- Forte?
- As veiz.
Trasveiz é anssim ó, di mansinhu. 
- E o que você faz?
- Tem veiz que eu cantu.
Trasveiz eu vô pra cunzinha 
fazê um bolu. 
- Tem outra dor?
- Tenhu, sim, Dotô.
Aqui, ó.
Pertu dus óio.
- E essa é forte?
- Também é forte não.
Quandu ela dá eu cunversu 
cas vizinhas i passa.
- Outra?
- Tenho sim senhô. Aqui.
Anssim, nu meio das custela, 
pareci nu coração.
Dá uns apertu aqui, ó. 
- E você faz o que?
- Tem veiz qui eu choru.
Trasveiz eu ficu anssim, muitu da 
queta pra vê si passa. 
- E passa?
- As veiz.
Trasveiz eu vô pra pracinha.
Lá eu sentu num bancu vê as criança 
brincá prá esperá passá. 
- Você mora com alguém?
- Moru não, Dotô.
Sô sunzinha nessi mundão di Deus. 
- Não tem família?
- Aqui tenhu não.
Minha famia é todinha du interiô du 
sertão, pertinhu de Urandi, lá 
quasi im Minas.
I vim sunzinha pra Sum Paulu 
tentá a vida. 
- E você faz o que?
- Óia, Dotô.
Eu já fiz um cadinhu di tudu nessa vida.
Já trabaiei numa firma di limpeza, 
já cuidei di criança. 
Já trabaiei numa casa di genti rica. 
Agora eu trabaio cuma mocinha 
qui mais viaja qui fica im casa.
Ela avua num avião di dia i di noiti.
Aí eu ficu sunzinha. 
- Você mora com ela?
- Moru sim, Dotô.
Ela dexa eu drumi num quartinhu 
nus fundu da casa. 
- Sabe cozinhar?
- Oxa si não!
Cunzinhu muitu du bem!
Coisa mais simpres anssim i coisa 
mais di genti chiqui. 
- Gosta de crianças?
- Ô, seu Dotô.
É as criaturinha mais anjinha qui 
Deus botô nu mundu! 
- Qual o seu nome mesmo?
- Óia, Dotô.
Eu num gostu muitu, mas a modi 
agrada a santa, minha mainha 
botô Crara. 
- Dona Clara.
Eu sei o que a senhora tem.
- Comu anssim, si o Dotô nem 
incostô im mim? 
- O que a senhora tem Dona Clara,
chama-se solidão e é a causadora
de toda essa tristeza.
- I issu mata, Dotô?
- Às vezes, sim.
Mas, no seu caso bastam amigos, alguns 
remédios e um pouco de carinho. 
Dona Clara.
Vai parecer estranho e nem eu mesmo 
entendo porque estou fazendo isso, 
mas minha esposa está grávida 
e nosso segundo filho é para
o mês que vem.
Já temos uma menina.
E até hoje é minha esposa 
que cuida de tudo.
Porém, com o bebê pequeno precisamos 
de alguém que cuide da casa. 
Que tal ficar conosco?
- Oxa si não!
Óia, Dotô.
Nunca fizeram issu pur mim não.
Vixe! Vai sê coisa muitu da boa 
ficá cum oceis.
I careci di morá lá, Dotô? 
- Sim.
Temos um quarto vago, 
no apartamento.
Podemos tentar por uns meses.
O que acha?
- Dotô.
É anssim como tê famia, né?
- Quase.
- Dotô.
Eu num vô mais sê sunzinha.
Vixe! Deus lhi pague, Dotô, a modi qui 
carinhu anssim, nem mainha mi dava. 
- Vamos testar. Combinado? 
- Cumbinadu.
Dotô.
Careci di eu fazê uma pregunta.
Eu num vô mais senti essas dor? 
- Vamos combinar uma coisa?
O dia que sentir essa dor 
você me procura.
- Prá modi du senhô mi inxaminá? 
- Não.
Prá modi nóis trocá dois 
dedinhu di prosa.

Tá bom assim procê, dona 'Crara'?


quinta-feira, 19 de março de 2015

A Mensagem....


 Meus amados, estamos sempre convosco, 
vos auxiliando, intuindo, orientando, 
iluminando e protegendo.  

Inoculamos, permanentemente, em vosso 
ser toda a energia que necessitais para 
que a VITÓRIA se manifeste em 
vossas vidas. 

Deveis, entretanto, compreender que
ALCANÇAR A VITÓRIA É VOSSA TAREFA
e por vós, não poderemos realizá-la.

Por quê, se tendes os instrumentos e 
energia necessária, permaneceis 
aprisionados? 

Por quê, se todo o poder vos foi concedido,
arrastais os vossos problemas, carências
e dificuldades vida a fora?  

Desconheceis que sois Deuses e que 
tendes ancorada em vossos corações 
a FORÇA geradora do universo,
 dona absoluta do poder?   

Eu vos peço, amados meus, aceitai
em vossos corações que sois 
Cristos, filhos de Deus 
Único e Universal. 

Vivenciai a cada momento de vossas 
vidas essa Sagrada Verdade.

Saí do casulo em que vos encontrais,
manifestai-vos plenamente no mundo 
da forma (físico) e então, ORDENAI 
como Deuses, com infinita fé,  sem 
nenhuma dúvida em vossos 
corações;

Que a "montanha se mova", 

QUE VOSSAS DIFICULDADES SE DISSOLVAM, 
QUE VOSSOS PROBLEMAS DESAPAREÇAM,
QUE VOSSAS CARÊNCIAS SEJAM SUPRIDAS. 

Trilhai assim o caminho da Vitória realizando
em vossas vidas a abundância Divina
que para vós está preparada. 

Reconhecei que as limitações e carências
não pertencem ao plano de Deus  e não
as aceiteis em vossa caminhada.

Realizai amados a vossa Vitória na Luz
vivenciando-a em todos as áreas de 
vossas vidas espiritual, financeira,
material, profissional e afetiva.

Vivei em harmonia e em sintonia com 
as forças da Luz, sentindo-vos felizes
e realizados, manifestando a alegria
e toda a abundância divina
em vosso mundo da forma.

Eu Sou o Sal da Vida,
Eu Sou a Água Viva,
Eu Sou a Luz.

Eu sou JESUS!!!

Shalon!!


quarta-feira, 18 de março de 2015

Rachel e o vovô Benny...


Benny tinha setenta anos quando 
morreu subitamente de câncer, 
em Wilmette, Illinois.

Como sua neta de dez anos, Rachel, nunca 
teve oportunidade de dizer adeus, ela 
chorou durante vários dias.

Mas depois de receber um grande balão vermelho
em uma festa de aniversário, voltou para casa
com uma idéia - uma carta para o vovô
Benny, enviada para o céu
em seu balão.

A mãe de Rachel não teve coragem de dizer não
e observou com lágrimas nos olhos o frágil
balão subir por entre as árvores que
cercavam o jardim e desaparecer.

Dois meses depois, Rachel recebeu esta carta
com carimbo do correio de uma cidade
a 900 quilômetros de distância,
na Pensilvânia:

"Querida Rachel,

Vovô Benny recebeu sua carta.

Ele realmente a adorou.

Por favor, entenda que coisas materiais não
podem ficar no céu, por isso tiveram que
mandar o balão de volta para a Terra 
eles só guardam os pensamentos,
as lembranças o amor e coisas
desse tipo no céu.

Rachel, sempre que você pensar no
vovô Benny, ele saberá e estará
muito perto, com um amor
enorme por você",

Sinceramente.

Bob Anderson (também vovô).

..................

...que bom que você veio aqui!



domingo, 15 de março de 2015

quarta-feira, 11 de março de 2015

Sorvete


Certa vez levei meu filho
de seis anos a um restaurante. 
Ele perguntou se podia dar Graças.
Quando concordei, ele disse:

- Deus é bom.
Deus é maravilhoso.
Obrigado pela comida.

Eu ficarei ainda mais agradecido se mamãe 
me der sorvete como sobremesa 
liberdade e justiça para todos! Amém!

Junto com as risadas dos outros clientes,
escutei uma mulher comentar:
                  
- É isso que está errado com este país.
As crianças de hoje não sabem nem rezar.

Pedir sorvete a Deus!
Eu nunca vi isso!

Escutando isso, meu filho banhou-se
em lágrimas e me perguntou:

- Eu fiz uma coisa errada?
Deus está zangado comigo?
                 
Enquanto eu o abraçava, assegurava-lhe que
ele havia feito uma oração maravilhosa,
e que Deus, com toda certeza, não 
estava zangado com ele.

Um cavalheiro mais idoso aproximou-se da 
mesa, deu uma piscada para meu 
filho e disse:

- Eu fiquei sabendo que Deus achou 
que foi uma grande oração.
                  
- Mesmo?
- Perguntou meu filho.

- Dou a minha palavra, 
homem respondeu.

Então num sussurro teatral ele acrescentou 
(indicando a mulher cujo comentário
havia desencadeado aquelas lágrimas):

- Que pena que ela nunca tenha 
pedido sorvete a Deus.

Às vezes, um pouco de sorvete
faz bem à alma.

Naturalmente, eu comprei sorvete para 
meu filho, no fim da refeição.

Ele olhou fixamente para o sorvete por um 
momento, e então, fez algo do qual 
me lembrarei para o resto de 
minha vida.

Pegou o seu sundae e, sem uma palavra,
caminhou na direção da mulher,
e o colocou em frente a ela.

Sorrindo, disse-lhe:
- Olha, este sorvete é para você!

Sorvete às vezes é bom para a alma;
e a minha já está bastante boa.

...um sorvete?

sábado, 7 de março de 2015

Dos enganos...


É extremamente fácil enganar a si mesmo; 
pois o homem geralmente acredita 
no que deseja.

Demóstenes