Equilíbrio!

Olho o céu e as estrelas cintilam seus

sorrisos celestes e divinos.

Olho o chão e a terra palpita suas

veias milenares e maternais.

Meus pés e mãos se esticam na

inocente tentativa de tocar

opostos.

Sinto-me apoiada por pilares

que saem do meu corpo e

transgridem corpos

alheios.

É como se cada ato falho de minha

vida tivesse criado raiz

em meus pés.

Também como se cada conquista

se prendesse firmemente

ao solo.

Natural agora o entedimento do

por quê perco o equilíbrio,

às vezes.

Nada é seguro e certo sempre.

Tento então equilibrar-me em cima dessas

bases, restando-me, então, buscar

apoio maior em outros pilares,

outros campos de vida.

Seria fácil desejar que tudo acabasse:

Um fim simples para uma vida já vivida.

Então levanto um pé e mãos

em busca de equilíbrio.

Só mais um pouquinho de força...quase lá.

Quem conquista seus medos conquista,

também, o grande vôo do

equilíbrio final.

E para tanto, continuarei a viver mesmo

que desequilibrada como uma eterna

trapezista no picadeiro da Vida.

Esse é o verdadeiro equilíbrio:

Viver até quando a liberdade

eu possa alcançar.