Início de noite chuvosa e fria.
Saio apressada da farmácia onde
entrei para comprar aspirinas.
Entro no carro e dou a partida, quando ouço
uma pequena batida no vidro da porta.
Olho de relance e vejo um menino,
corpo franzino, roupa surrada,
olhar inocente, querendo
me falar...
Desço uma pequena parte do vidro, e despejo
em sua pequenina mão algumas moedas
que estavam no console.
Ele, imediatamente me diz:"tia", obrigado,
mas não eram as suas moedas
que eu queria.
Chamei somente para alertar-lhe da porta
semi-aberta, e assim a senhora poderia
sofrer algum acidente no trânsito,
e a sua família ficaria
muito triste.
Deus, como me sentí pequena
diante daquele anjo
surrado!
Que lição acabei de presenciar frente àquele
menino que veio apenas para me fazer
lembrar que nem sempre o que
PARECE ser, É!
...você é imediatista?
pense nisso...